quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Em clima natalino



Natal chegando e nada melhor do que aproveitar o descanso da época lendo um bom livro. Pensando nisso, preparamos uma dica de livro que tem tudo a ver com o clima natalino. E para ficar ainda mais perfeito, a indicação é de nada mais, nada menos que Agatha Christie !!!

A aventura de um pudim de Natal reúne contos recheados dos maravilhosos mistérios envolventes da autora. Cadáver dentro de um baú, assassinato, briga familiar e até um pudim com passas são alguns dos casos que o detetive Hercule Poirot e Miss Marple terão que desvendar. E para isso, irão participar de uma tradicional celebração de Natal inglesa. 

Prefácio – por Agatha Christie
“Este livro de delícias natalinas pode ser descrito como “A escolha do chef”. E eu sou o chef! Há dois pratos principais, “A aventura do pudim de Natal” e “O mistério da arca espanhola”, uma seleção de entradas, “A extravagância de Greenshaw”, “O sonho” e “Poirot sempre espera”, e uma sobremesa, “Vinte e quatro melros”. “O mistério da arca espanhola” é uma especialidade de Hercule Poirot. É um caso no qual ele considera ter dado o melhor de si! Miss Marple, por sua vez, sempre orgulhosa de sua perspicácia em “A extravagância de Greenshaw”. “A aventura do pudim de Natal” é uma extravagância minha, já que ele me lembra, de modo muito prazeroso, os natais da minha juventude. Após o falecimento de meu pai, minha mãe e eu sempre passamos o Natal com a família de meu cunhado no Norte da Inglaterra – e que natais fascinantes eram aqueles para uma criança! Abney Hall tinha de tudo! O jardim exibia uma cachoeira, um riacho e um túnel por baixo do caminho de entrada! As refeições tinham proporções gigantescas. Apesar de magrela e com a aparência delicada, eu era muito sadia e tinha uma fome de leão! Os meninos e eu costumávamos competir para saber quem comia mais na ceia de Natal. Não festejávamos muito a sopa de ostras e o peixe, mas então vinham o peru assado, o peru cozido e um enorme rosbife. Comíamos duas porções de cada! Depois havia o pudim de ameixa, as tortas de frutas, os pavês e todo tipo de sobremesa. Nunca ficávamos enjoados! Como era bom ter onze anos de idade e ser faminta!

Era um dia mágico, desde as meias penduradas na cama pela manhã, a igreja e as canções de Natal, a ceia, os presentes até, finalmente, o acender da árvore de Natal! Tenho profunda gratidão pelos gentis e hospitaleiros anfitriões que devem ter tido muito trabalho para fazer dos dias de Natal uma memória maravilhosa em minha velhice. Portanto, dedico este livro à memória de Abney Hall – a sua gentileza e hospitalidade. E feliz Natal para todos que lerem este livro”.

Delicie-se com está ceia espetacular !!!

“Simples, empolgante e irresistível, como uma surpresa de Natal.”  (Times Literary Supplement)

#ficaadica #dicadeNatal 


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Amor entre literatos


Que a tecnologia tem inúmeras vantagens todos sabem. O que muitos não sabem é que existem aquelas ferramentas que unem as pessoas. As fazem compartilhar mais que informação. Compartilham amor. Amor entre literatos, num compartilhamento de paixão pelos livros, pelas histórias, pelos personagens, pelas conversas, pelas preferências literárias.  

Um poeta já disse que ler é muito mais do que uma simples relação dos olhos com os livros. A leitura é um ritual que pode, e deve ser compartilhado. Temos a tecnologia a nosso favor e o mundo ao nosso alcance.

As pessoas não têm o hábito de falar sobre livros no dia a dia, então as ferramentas que a informática nos proporciona hoje em dia são mecanismos que colaboram para essa prática. Uma troca de mensagens no WhatsApp e pronto, temos uma resenha do livro lido. E sem perceber já estamos falando sobre cinema, música, series de TV. Conversas cotidianas que ajudam a disseminar o prazer da leitura e da cultura, às vezes sem sair de casa.

O simples ato de compartilhar torna tudo mais prazeroso. Felizes os que podem se comunicar pelas redes sociais ou pela internet como um todo. Muitas pessoas iniciam uma nova amizade, ou algo mais, a partir da leitura de um livro.

Parafraseando Voltarie, eu me atrevo a dizer que a leitura engrandece a alma, a vida e os relacionamentos literários.


Por Patrícia Maia





segunda-feira, 20 de março de 2017

A leitura é minha, leio o que quiser




Esses dias uma pessoa me falou “você lê tanto, mas não vejo nada que se aproveite, tem que ler artigos e livros com mais conteúdo". Não obstante, o "serumaninho" continuou  "a pessoa deve ler livros que tratem de conteúdos mais didáticos, que se aproveite para a vida". Oi?

Respirei fundo, contei até dez (porque agora estou tentando agir assim) e respondi "eu leio como hobby, para o meu prazer, e não para agradar ninguém ou para dar uma aula".

A leitura é minha, leio o que quiser. Pode parecer clichê, mas ler é, sobretudo, prazer. A leitura para estudar tem suas funções pedagógicas e sua importância, mas não irá te transformar em uma pessoa apaixonada por leitura. Quem descobre prazer em uma obra literária nunca mais para de ler. Você termina de ler um livro e já fica louco para abrir o próximo, ainda mais se for continuação do anterior.

Minhas leituras, sejam elas um conto de fadas com princesas, príncipes, e castelos, com mocinhos e mocinhas, livros hot, "da moda", são o meu escape de tantas leituras funestas que leio em jornais, revistas, reportagens.

Muitas vezes me identifico com os dramas e as emoções dos personagens. É uma forma de conhecer experiências e circunstanciais em que viveram e aplicar na vida. Culturas, épocas e situações a qual mostra que nossos problemas podem ser parecidos com os vivenciados nas histórias.

Como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade, a leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas a quase totalidade não sente esta sede. Sigo com mesmo pensamento. 

Por Patrícia Maia